Composto por uma mistura de cimento, areia, pedras e água, o concreto se tornou, como já abordado no texto anterior, o material construtivo mais usado pelo homem no mundo, tendo em vista a sua capacidade de resistência à grandes pressões de compressão.
Conforme o aumento da demanda de obras específicas e, muitas vezes, complexas, veio o aumento, também, das exigências com o resultado final do concreto. Para isso, aditivos começaram a ser utilizados na mistura básica, obtendo características particulares e criando inúmeros tipos diferentes de mistura para cada obra.
A seguir, selecionamos os cinco principais tipos de concreto para melhor explicá-los:
Convencional
Podendo ser usinado ou feito na obra, o concreto convencional não contém aditivos, ou seja, é composto apenas pela básica mistura de cimento, areia, pedra e água.
É indicado para obras nas quais não haja necessidade de utilização de equipamentos que fazem o lançamento do concreto (caminhões bomba), já que é lançado diretamente no solo – por meio de carrinhos de mão, gericas, gruas ou elevadores – ou em formas. Assim, faz-se necessário o uso de equipamentos de vibração durante aplicação para que seja possível atingir o adensamento correto.
Bombeável
O concreto bombeável é bastante parecido com o concreto convencional, porém, aumenta-se a quantidade de água e cimento na mistura, as pedras são menores e pode, ou não, ser acrescentado algum aditivo com característica plástica. Isso faz com que o concreto possua uma maior fluidez, tornando possível o bombeamento.
É caracterizado por fazer com que a concretagem seja mais rápida, por atingir maiores alturas, por permitir um melhor acabamento, além de diminuir a mão de obra para transporte e aplicação.
Alta resistência
O concreto de alta resistência (CAR) é aquele que consegue atingir uma grande resistência em pouco tempo, agilizando a obra e podendo, também, atender a situações emergenciais. A rapidez também faz com que os custos diminuam, já que reduz os gastos com funcionários, aluguéis de equipamentos, formas, entre outros.
Para chegar na resistência desejada, reduz-se a quantidade de água na mistura, porém, é preciso que a dosagem do concreto seja feita tendo em vista as características específicas da obra. Quando isso é feito de forma correta, o concreto fica com a densidade elevada, com maior módulo de elasticidade e menos permeável, fazendo com que seja mais durável.
O concreto de alta resistência possui resistência à compressão superior a 50 MPa e é indicado para edifícios altos, indústrias de pré-moldados, estruturas convencionais ou protendidas, fabricação de tubos e artefatos de concreto e mais.
Concreto leve
Conhecido pela elevada capacidade de isolamento térmico e acústico e por peso reduzido, o concreto leve tem o peso específico próximo a 500 kg/m³, ao passo que o concreto convencional fica em torno de 2.300 a 2.500 kg/m³. Essa redução acontece pela substituição dos agregados por agregados leves e até pela adição de bolhas de ar à mistura.
Além de ser usado em obras, também é indicado para fabricação de blocos, enchimento de lajes, regularização de superfícies e envelopamento de tubulações.
Concreto pesado
Como o nome já diz, este é um concreto com massa específica acima dos valores comuns, chegando a pesar entre 2800 kg/m³ a 4200 kg/m³.
Composto por cimento, água, areia e agregados pesados de origem siderúrgicos (hematita, barita e magnetita), o concreto pesado possui grande durabilidade e capacidade e proteção contra radiações. Tendo isso em vista, é bastante utilizado em paredes de usinas nucleares, unidades médicas e laboratoriais que possuam aparelhos radiológicos e de raio-X, instalações de testes de pesquisas atômicas, lajes de subpressão, bases, lastros, barragens e contrapesos de grandes embarcações e pontes.
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